quarta-feira, 28 de maio de 2008

Centenério da morte de um gênio.



Sou extremamente suspeita para escrever sobre isso, não irei demonstrar minha imparcialidade porque sou sem dúvidas muito fã e leitora deste homem. Pelos meios de comunicação de massa vocês já devem saber de quem eu estou me referindo: Machado de Assis.
Esse grande escritor participou de estilos literários como o romantismo e o realismo. Ainda na sua fase iniciante, participou do romantismo, produzindo poesias e romances românticos, com característica, é claro, românticas.
Na sua fase madura dedicou-se inteiramente ao realista, tornando-se o único escritor brasileiro ao participar deste movimento.
Machado de Assis tinha de tudo um pouco para não se tornar o gênio que é reconhecido até hoje. Não que eu acredite em determinismo geográfico ou psicológico, mas todos nós sabemos que tudo isso contribui um pouco para a formação do indivíduo.
Ele nasceu no morro do Livramento (Rio de Janeiro), era pobre, tornou-se órfão aos 10 anos de idade, estudou em colégio público, era gago, mulato, epiléptico e míope. Mas por ter interesse nos estudos em especial a leitura conseguiu se sobressair entre os demais. Aproximou-se de intelectuais e jornalistas, e isso lhe rendeu oportunidades, como por exemplo, um emprego como tipógrafo, e foi colaborador de diversos jornais e revistas como: O correio Mercantil, O espelho, Diário do rio de Janeiro, Semana Ilustrada, Jornal das Famílias.
Sua carreira de escritor foi crescendo e pode se casar aos 30 anos com a portuguesa Carolina Xavier de Novais. Além de se tornar o intelectual mais famoso do Rio, também se tornou o mais completo escrito brasileiro, uma vez que produziu em toda a sua obra poesias, crônicas, contos, romances, teatro, e ainda foi o fundador da academia brasileira de letras.
A sua trilogia é com certeza invejada, e riquíssima em talento: Quincas Borba, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. São do período realista e são as obras mais importantes do autor, nessas obras são predominantes personagens fortes e temas psicológicos.
Machado é lembrado neste centenário com palestras e debates sobre a vida do autor, seus romances são tão complexos que já foi levado até a pesquisar para se saber realmente o que o autor quis demonstrar ao certos em seus desfechos abertos.
O autor também é lembrado no quadro soletrando do programa Caldeirão do Huck é utilizado apenas palavras do conteúdo das obras de Machado.
Contudo percebe-se o quanto é importante esse escritor para a literatura brasileira, e o quanto é preciso que as pessoas se interessem por essa leitura que foi deixada por um poetinha e prosador da favela que conseguir sobressair-se e mostrar a realidade carioca daquele tempo.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1839 no Rio de Janeiro, e faleceu em 1908.
Por Paula Carvalho.

Nenhum comentário: